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Segunda-feira, 28 de Abril de 2025

Tecnologia

Celulares 4G ou superior serão os únicos certificados no Brasil a partir de 2025

Anatel publica medida para garantir compatibilidade com redes modernas; dispositivos 2G e 3G existentes continuarão funcionando

Marcio Edison
Por Marcio Edison
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Celulares 4G ou superior serão os únicos certificados no Brasil a partir de 2025
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A partir de 6 de abril de 2025, apenas celulares que suportem a tecnologia 4G ou superior poderão ser certificados no Brasil, de acordo com um ato publicado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A medida tem como objetivo assegurar que os novos dispositivos comercializados no país estejam em conformidade com as redes de internet móvel mais avançadas, preparando o mercado para a transição tecnológica, enquanto as redes 2G e 3G gradualmente perdem espaço.

O anúncio da Anatel é parte de um esforço mais amplo de modernização das telecomunicações no Brasil, uma vez que a demanda por internet mais rápida e eficiente continua a crescer. A decisão afeta diretamente os fabricantes e importadores de celulares, que precisarão ajustar seus catálogos para o mercado brasileiro, uma vez que a homologação de novos dispositivos 2G e 3G será encerrada após a data estipulada.

O que muda a partir de 2025

A medida não significa o fim imediato das redes 2G e 3G, nem impede que dispositivos antigos ou já homologados continuem funcionando. Na prática, os celulares que atualmente utilizam essas tecnologias ainda terão acesso às redes existentes e poderão ser utilizados normalmente, sem qualquer interferência no serviço. No entanto, a Anatel busca evitar que novos aparelhos incompatíveis com 4G ou 5G sejam introduzidos no mercado, evitando potenciais problemas para os usuários quando, eventualmente, as operadoras decidirem desativar as redes 2G e 3G.

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Dessa forma, a certificação para celulares lançados a partir de 2025 exigirá que eles sejam compatíveis, no mínimo, com a tecnologia 4G. Isso visa garantir que os consumidores tenham acesso a dispositivos que funcionem com as redes mais modernas, mantendo a qualidade e a velocidade de conexão exigidas pela crescente digitalização dos serviços e pelo consumo de dados no Brasil.

A transição para as redes modernas

A mudança também reflete um movimento global em direção ao descomissionamento gradual das redes 2G e 3G, que, em muitos países, já estão sendo desativadas para dar lugar às redes mais rápidas e eficientes. No Brasil, ainda não há uma data específica para o desligamento total dessas redes, mas a Anatel e as operadoras de telecomunicações já vêm discutindo a transição, com o foco na expansão do 4G e do 5G, que oferecem maior capacidade de transmissão de dados e melhor cobertura.

A tecnologia 5G, por exemplo, tem o potencial de transformar setores inteiros da economia, proporcionando avanços significativos em áreas como automação, saúde, transporte e entretenimento. Para que isso aconteça de forma eficiente, a infraestrutura de telecomunicações precisa estar preparada para lidar com o volume crescente de dados e com as exigências de velocidade e latência que essa nova geração de redes trará.

Impacto no mercado e para os consumidores

Para o consumidor brasileiro, a medida da Anatel significa que, ao comprar um novo celular a partir de abril de 2025, será necessário escolher um modelo que suporte pelo menos a tecnologia 4G. Isso traz benefícios diretos em termos de qualidade de conexão e de longevidade dos dispositivos, uma vez que redes mais modernas oferecem maior estabilidade, velocidade e cobertura.

Além disso, a decisão de limitar a homologação de novos aparelhos ao 4G e 5G também cria uma camada adicional de proteção para os consumidores, evitando que eles adquiram dispositivos que, em breve, poderão se tornar obsoletos. Para os fabricantes, a medida implica em ajustes na produção e importação de dispositivos voltados ao mercado brasileiro, garantindo que os aparelhos sejam adequados às exigências tecnológicas do país.

O futuro das redes 2G e 3G

Embora as redes 2G e 3G ainda desempenhem um papel importante em algumas regiões do Brasil, especialmente em áreas rurais e mais afastadas dos grandes centros urbanos, a tendência é que elas sejam gradualmente desativadas. Isso ocorre à medida que as operadoras expandem a cobertura do 4G e do 5G, tecnologias que oferecem maior eficiência no uso do espectro de frequências e são capazes de suportar a demanda crescente por internet de alta velocidade.

Mesmo sem um cronograma definido para o desligamento das redes antigas, as operadoras de telecomunicações brasileiras já estão focando seus investimentos na ampliação da infraestrutura 4G e 5G. Essa mudança também é vista como uma forma de otimizar o uso de recursos, uma vez que a manutenção de redes antigas acaba gerando custos elevados para as operadoras, que precisam manter duas infraestruturas paralelas.

Preparação para o futuro digital

A iniciativa da Anatel de promover a certificação exclusiva de dispositivos 4G e 5G a partir de 2025 é um passo importante na preparação do Brasil para o futuro digital. Com a crescente digitalização de serviços públicos, financeiros e de entretenimento, a conectividade de alta qualidade se torna cada vez mais essencial para a vida cotidiana e para o desenvolvimento econômico do país.

Além disso, a transição para redes mais modernas coloca o Brasil em linha com os padrões internacionais de telecomunicações, garantindo que o país esteja preparado para as inovações que a tecnologia 5G e as futuras gerações de redes de internet móvel trarão. Ao mesmo tempo, a medida ajuda a proteger os consumidores, garantindo que os dispositivos adquiridos no mercado brasileiro sejam compatíveis com as redes do futuro.

Com a decisão de certificar apenas aparelhos compatíveis com 4G ou superior, a Anatel reforça seu compromisso com a modernização do setor de telecomunicações, ao mesmo tempo em que assegura uma transição suave para os usuários de tecnologias mais antigas.

FONTE/CRÉDITOS: Agência Rádio 2
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Marcio Edison

Publicado por:

Marcio Edison

Jornalista, radialista. Formado em Matemática (PUC/SP) e Comunicação Social (UNIP/SP) também é desenvolvedor web, palestrante de tecnologia e CEO da mexcorp.net

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