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Segunda-feira, 28 de Abril de 2025

Paraná

Cicloturismo nas ferrovias desativadas: potencial do Paraná

Deputado Goura busca desenvolver projetos sustentáveis para o cicloturismo em malhas ferroviárias ociosas no estado

Marcio Edison
Por Marcio Edison
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Cicloturismo nas ferrovias desativadas: potencial do Paraná
Reprodução - ANTT
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O Paraná tem grande potencial para impulsionar rotas de cicloturismo, aproveitando as ferrovias desativadas ou ociosas. No entanto, apesar desse potencial, ainda são poucas as iniciativas concretas para transformar essas antigas linhas ferroviárias em espaços de lazer, turismo e desenvolvimento econômico sustentável. O alerta sobre essa oportunidade foi feito pelo deputado estadual Goura (PDT), que tem trabalhado para fomentar o debate sobre o assunto, buscando apoio de órgãos do Governo Federal, do Governo do Paraná e de entidades da sociedade civil, além de empresas do setor de infraestrutura e turismo.

O deputado enfatizou a importância do cicloturismo como uma atividade crescente no Brasil e no Paraná, que pode gerar impactos positivos tanto para a economia quanto para a sociedade. Goura destacou que o uso de ferrovias desativadas para a criação de rotas de cicloturismo pode impulsionar o turismo sustentável, promover a mobilidade ativa e valorizar o patrimônio histórico, transformando as antigas linhas ferroviárias em atrações turísticas que conectem comunidades locais e gerem empregos e renda.

Cicloturismo: um potencial não explorado

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Recentemente, o deputado Goura se reuniu com diversos representantes de órgãos e empresas envolvidos na infraestrutura e no turismo para discutir a viabilidade de utilizar as ferrovias ociosas para o desenvolvimento de projetos de cicloturismo no Paraná. Entre os contatos feitos, o deputado mencionou a Secretaria de Estado do Turismo (SETU), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a Aliança Bike e a empresa Rumo S.A. Ele acredita que, com a mobilização dos diversos atores envolvidos, é possível transformar as linhas férreas desativadas em corredores turísticos, que atraiam visitantes e melhorem a qualidade de vida das populações locais.

“O cicloturismo é uma atividade que não só traz benefícios econômicos, mas também promove um turismo mais inclusivo e sustentável, respeitando o meio ambiente e valorizando a cultura local”, afirmou Goura, ressaltando que o Paraná tem uma grande oportunidade de aproveitar as ferrovias desativadas para criar novos atrativos turísticos, além de fomentar a economia regional.

A importância do cicloturismo para o Paraná

O cicloturismo tem ganhado destaque como uma alternativa ao turismo tradicional, e exemplos de sucesso em outras regiões do Brasil comprovam seu potencial. No estado do Paraná, ainda há poucos exemplos de projetos de cicloturismo envolvendo ferrovias, mas a ideia tem atraído o interesse de diversas cidades e comunidades. Em Curitiba, por exemplo, há ciclovias que utilizam a faixa de domínio das ferrovias que cortam a cidade. Já em Ponta Grossa, há um movimento local para transformar a antiga ferrovia em uma rota cicloturística que conecte municípios como Castro, Carambeí e Piraí do Sul. Na Região Metropolitana de Maringá, também há iniciativas similares utilizando a ferrovia que liga Paiçandu a Cianorte.

Exemplos de sucesso no Brasil

O Brasil já conta com alguns projetos bem-sucedidos de cicloturismo, como a Rota do Ferro, em Minas Gerais, e a Ciclovia dos Trilhos, em Santa Bárbara D’Oeste (SP). O Parque Linear de Caçador, em Santa Catarina, e o Circuito Ernestina (MG) também são bons exemplos de como a transformação de antigas ferrovias pode beneficiar tanto o turismo quanto a economia local. Esses projetos têm demonstrado que, ao transformar os trilhos em trilhas, é possível estimular a economia local, promover o turismo sustentável e preservar o patrimônio histórico das regiões envolvidas.

Reuniões com a Rumo e o Governo do Paraná

Em fevereiro, o deputado Goura participou de uma reunião com representantes da Rumo, maior operadora de logística ferroviária do Brasil, que atua em vários estados, incluindo o Paraná. Durante o encontro, o deputado discutiu a possibilidade de implementar projetos de cicloturismo em ferrovias desativadas ou ociosas. Segundo Goura, a empresa demonstrou interesse em colaborar com o desenvolvimento de projetos que integrem o cicloturismo, destacando que esse tipo de iniciativa oferece múltiplos benefícios, como a geração de emprego e renda, a preservação do meio ambiente e a valorização do patrimônio cultural.

A Rumo explicou que a concessão das ferrovias se estende até 2027 e tem adotado ações de responsabilidade social e ambiental, que incluem a mitigação de passivos ambientais e patrimoniais. A empresa já tem experiências com projetos que integram cicloturismo e a criação de parques lineares, como o estudo para a reativação da malha ferroviária entre Cajati e Santos, em São Paulo. A Rumo também destacou que existem dois modelos possíveis para a implementação de projetos de cicloturismo: um que envolve a remoção dos trilhos para transformar a ferrovia em ciclovia, e outro que utiliza a faixa de domínio da ferrovia, mantendo os trilhos e adaptando o espaço para outros usos.

Legislação e viabilidade de projetos

A legislação brasileira, por meio da Lei Federal 14.273/2021, conhecida como Marco Legal das Ferrovias, estabelece diretrizes para o uso das ferrovias e de sua faixa de domínio. A lei permite que a faixa de domínio seja utilizada para ciclovias, vias turísticas e áreas de lazer, desde que não comprometam a operação e a segurança da ferrovia. Isso abre uma grande oportunidade para a implementação de projetos de cicloturismo sem interferir no funcionamento das linhas férreas, o que pode facilitar a viabilização de tais iniciativas.

O futuro do cicloturismo no Paraná

Apesar do grande potencial do Paraná, o estado ainda enfrenta desafios para colocar em prática projetos de cicloturismo em ferrovias desativadas. O deputado Goura tem trabalhado para envolver os municípios paranaenses e buscar o apoio do Governo do Estado para o desenvolvimento dessas iniciativas. Ele acredita que cidades como Maringá, Ponta Grossa, Cianorte, Curitiba e outras podem ser grandes protagonistas dessa transformação, aproveitando suas ferrovias ociosas para criar novas rotas de cicloturismo que contribuam para o desenvolvimento econômico e social da região.

O próximo passo, segundo Goura, é estimular os municípios a se envolverem na implementação de projetos de cicloturismo, buscando apoio de empresas, como a Rumo, e de órgãos governamentais para concretizar essas ideias. Com a mobilização de todos os setores, o Paraná pode se tornar um dos principais destinos de cicloturismo do Brasil, promovendo a sustentabilidade e o desenvolvimento de suas regiões.

FONTE/CRÉDITOS: Assembléia Legislativa do Paraná
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Marcio Edison

Jornalista, radialista. Formado em Matemática (PUC/SP) e Comunicação Social (UNIP/SP) também é desenvolvedor web, palestrante de tecnologia e CEO da mexcorp.net

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