Donald Trump foi empossado nesta segunda-feira como o 47º presidente dos Estados Unidos, em uma cerimônia fechada no Capitólio, devido ao frio intenso que assolava Washington D.C. Aos 78 anos, o republicano retorna ao comando da nação após quatro anos afastado do cargo, em um momento político marcado por divisões e desafios internos e externos. Em seu discurso, Trump reafirmou promessas de campanha, anunciou uma série de ordens executivas e delineou suas prioridades para o novo mandato.
Com uma postura confiante, Trump destacou que volta “com otimismo e determinação” para enfrentar os desafios do país. Uma das primeiras medidas foi decretar estado de emergência nacional nas fronteiras do sul, com o objetivo de intensificar a deportação de imigrantes ilegais e criminosos. A decisão reforça sua política de endurecimento em relação à imigração, uma das marcas de sua gestão anterior.
Promessas controversas e impacto interno
O novo presidente também prometeu revisar medidas de combate às mudanças climáticas, alegando que estas prejudicam a economia e os trabalhadores americanos. Em um pronunciamento inflamado, ele anunciou o início de uma reforma do sistema comercial para proteger as famílias do país, por meio da imposição de tarifas a produtos estrangeiros. “Dinheiro novo entrará no Tesouro americano. Nós vamos reconstruir nossa economia para os americanos”, afirmou.
Entre as ordens executivas mais polêmicas, Trump garantiu que sua administração reconhecerá apenas dois gêneros – masculino e feminino – e determinou que todas as agências federais sigam essa definição. A medida, vista como um retrocesso por defensores dos direitos LGBTQIA+, é defendida por Trump como uma forma de “restaurar valores tradicionais”.
Outra promessa foi o fim do que ele chamou de “censura institucionalizada”. Uma nova ordem executiva, segundo ele, garantirá a liberdade de expressão irrestrita nos Estados Unidos. A medida visa enfrentar práticas de moderação de conteúdos nas redes sociais e em plataformas digitais, frequentemente criticadas pelo presidente como um atentado à liberdade individual.
Reforma judicial e segurança nas cidades
Trump também destacou seu compromisso em restaurar a “justiça igual para todos”, prometendo reformar o sistema judicial e reforçar o estado de direito nas cidades americanas. “Lei e ordem estarão de volta. Vamos proteger cada americano contra o crime e o caos”, declarou.
Mudanças simbólicas e promessas internacionais
Entre as ações que chamaram atenção está a decisão de renomear o Golfo do México para “Golfo da América”, em um gesto que reforça sua retórica nacionalista. Além disso, Trump anunciou planos de “reaver” o controle do Canal do Panamá, citando a importância estratégica da via para os interesses comerciais e de segurança dos Estados Unidos. “Os tempos de concessões acabaram. Esta é a América em seu pleno poder”, afirmou.
O retorno de um estilo polêmico
O segundo mandato de Donald Trump promete ser tão controverso quanto o primeiro. Suas decisões iniciais já polarizam opiniões e colocam os Estados Unidos em um caminho de desafios internos e pressões externas. Com uma base fiel de apoiadores e uma oposição feroz, Trump inicia mais um capítulo na história política americana, marcado por promessas de grandes transformações e reações igualmente intensas.
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