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Quarta-feira, 22 de Janeiro de 2025

Saúde

Fiocruz alerta para aumento de casos de rinovírus em crianças no Norte e Nordeste

Boletim Infogripe destaca crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave em algumas regiões do país, com diferenças marcantes entre faixas etárias e vírus predominantes

Marcio Edison
Por Marcio Edison
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Fiocruz alerta para aumento de casos de rinovírus em crianças no Norte e Nordeste
© Tomaz Silva/Agência Brasil
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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu um alerta importante sobre a alta nos casos de rinovírus, especialmente no Norte e Nordeste do Brasil. De acordo com a última edição do boletim Infogripe, que analisa dados entre os dias 10 e 16 de novembro, o rinovírus é atualmente o principal agente causador de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes de até 14 anos nessas regiões. Enquanto isso, entre os idosos, o vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, segue predominando.

O levantamento revela um cenário preocupante para a saúde pública. Seis estados brasileiros apresentam tendência de alta nos casos de SRAG no longo prazo: Amapá, Ceará, Goiás, Maranhão, Rio de Janeiro e Roraima. Nos demais estados, os casos mostram estabilidade ou queda, mas os números gerais ainda inspiram atenção.

Dados alarmantes

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 40% dos casos de SRAG em todo o país foram atribuídos ao rinovírus, que normalmente causa resfriados leves, mas pode desencadear quadros graves em crianças pequenas e indivíduos com sistema imunológico fragilizado. Já a covid-19 foi responsável por 23,7% dos casos. Outros vírus respiratórios também aparecem com relevância: Influenza A e B somaram cerca de 20% dos diagnósticos, enquanto o vírus sincicial respiratório (VSR) respondeu por 4,9%.

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Em relação aos óbitos por SRAG, o panorama é diferente: 57,1% dos casos positivos foram causados pelo SARS-CoV-2. Desde o início do ano até 16 de novembro, foram registrados 9.726 óbitos por SRAG no Brasil, dos quais pouco mais da metade teve confirmação laboratorial de algum vírus respiratório.

Crianças e idosos em foco

A divisão dos casos por faixa etária revela dinâmicas distintas. O rinovírus se destaca como a principal causa de SRAG entre crianças e adolescentes no Norte e Nordeste, regiões historicamente mais vulneráveis a surtos de doenças respiratórias devido a fatores climáticos, socioeconômicos e de infraestrutura de saúde. Entre os idosos, a covid-19 ainda é a maior preocupação, contribuindo significativamente para os óbitos registrados.

O que é o rinovírus?

O rinovírus é um dos principais causadores de resfriados comuns e geralmente apresenta sintomas leves, como coriza, tosse e febre baixa. No entanto, em crianças pequenas, idosos e pessoas com comorbidades, ele pode levar a quadros mais graves, incluindo a SRAG, que exige hospitalização e pode ter complicações fatais. Esse comportamento ressalta a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico.

Desafios para o sistema de saúde

Os dados do Infogripe evidenciam a necessidade de atenção reforçada, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. A alta circulação do rinovírus e a prevalência de outros agentes respiratórios destacam a importância de medidas preventivas, como a higienização frequente das mãos, a ventilação adequada dos ambientes e o cuidado com a imunização contra a gripe e a covid-19.

Além disso, o aumento de casos de SRAG em estados como Amapá, Ceará e Maranhão sobrecarrega o sistema de saúde, que já enfrenta desafios históricos em oferecer atendimento adequado e ágil.

Prevenção e conscientização

A Fiocruz reforça a importância de medidas preventivas, especialmente para proteger os grupos mais vulneráveis. Embora não exista vacina específica contra o rinovírus, a manutenção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, sono adequado e higienização das mãos, pode ajudar a reduzir o risco de infecções. Para doenças como a covid-19 e a influenza, a vacinação segue sendo a melhor forma de proteção.

Com 2023 chegando ao fim, o alerta da Fiocruz é um chamado para que governos, profissionais de saúde e a população fiquem atentos às tendências epidemiológicas e priorizem ações que minimizem o impacto das doenças respiratórias, especialmente em regiões com infraestrutura mais limitada.

FONTE/CRÉDITOS: Agência Rádio 2
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Marcio Edison

Publicado por:

Marcio Edison

Jornalista, radialista. Formado em Matemática (PUC/SP) e Comunicação Social (UNIP/SP) também é desenvolvedor web, palestrante de tecnologia e CEO da mexcorp.net

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