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Terça-feira, 13 de Maio de 2025

Tecnologia

Meta lança app independente de IA para desafiar rivais

Novo aplicativo da Meta quer bater de frente com ChatGPT e outros, sem depender das redes sociais da empresa

Marcio Edison
Por Marcio Edison
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Meta lança app independente de IA para desafiar rivais
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Por mexNEWS | Portal da mexfm.com

Mark Zuckerberg, CEO da Meta Platforms, está de volta à linha de frente da corrida pela inteligência artificial generativa. Após enfrentar desafios regulatórios na União Europeia para integrar o Meta AI às suas redes sociais, o executivo aposta agora em uma nova estratégia: lançar o Meta AI como um aplicativo independente, capaz de funcionar fora do ecossistema de redes como Facebook, Instagram e WhatsApp.

A decisão marca um novo capítulo na trajetória da empresa no setor de inteligência artificial, colocando-a frente a frente com nomes de peso como ChatGPT da OpenAI, Gemini do Google e o Claude 3.7 Sonnet da Anthropic.

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Uma IA que já te conhece

Diferente de seus concorrentes, a Meta tem uma carta na manga: o histórico de dados acumulado ao longo dos anos em suas redes sociais. O aplicativo de IA lançado agora pode operar sem que o usuário esteja logado no Facebook ou Instagram, mas continua carregando o diferencial de já “conhecer” os hábitos, preferências e interações do usuário, desde que ele tenha feito parte dessas plataformas no passado.

“A Meta AI tem uma vantagem única: ela entende os usuários com base nas informações que eles já compartilharam com nossos produtos, desde os perfis até os conteúdos com os quais interagem”, afirmou um porta-voz da empresa.

Essas informações são utilizadas para tornar as respostas da IA mais personalizadas — e, não por acaso, para tornar os anúncios ainda mais direcionados e lucrativos.


Aplicativo com cara de rede social?

Além das funcionalidades típicas de um chatbot, o Meta AI também aposta em elementos sociais. O usuário pode, por exemplo, compartilhar perguntas feitas ao robô com os amigos, ou até mesmo pedir que a IA o descreva usando três emojis, o que pode ser publicado diretamente no feed (se essa opção estiver ativada).

Essa tentativa de mesclar entretenimento com inteligência artificial é uma resposta à movimentação da própria OpenAI, que já sinalizou interesse em criar uma rede social própria como evolução do ChatGPT.


Privacidade e publicidade: um equilíbrio delicado

Apesar de permitir o uso do Meta AI sem passar pelas redes sociais, a empresa não esconde que pretende monetizar o novo app. Uma das principais fontes de receita da Meta continua sendo a publicidade — e as informações compartilhadas com o chatbot são, potencialmente, dados valiosos para anunciantes.

As interações com a IA, segundo especialistas, são geralmente mais longas, detalhadas e complexas do que simples curtidas ou buscas. Esse tipo de dado pode fornecer uma compreensão mais refinada dos desejos e necessidades dos usuários, o que representa uma mina de ouro para o marketing digital.

Comparativo Rápido Meta AI (App) ChatGPT Gemini Claude 3.7 Sonnet
Integração com redes sociais Sim (opcional) Não Com produtos Google Não
Personalização com dados históricos Sim Não Parcial (Google Data) Não
Disponível na UE Sim Sim Sim Sim
Monetização com anúncios Sim Não (versão gratuita) Sim Não (por enquanto)
Compartilhamento social Sim Não Não Não

Um novo concorrente em um mercado aquecido

O lançamento do Meta AI como app independente vem em um momento em que a disputa entre os gigantes da tecnologia se intensifica. A Meta busca recuperar terreno em um setor onde ficou para trás em comparação com a OpenAI e o Google.

“É um movimento ousado, mas também necessário. A Meta ficou devendo quando o ChatGPT explodiu em 2022. Agora, com essa nova abordagem, tenta correr atrás do tempo perdido”, avalia Rodrigo Teixeira, especialista em tecnologia e inteligência artificial.


Futuro da Meta AI: caminho incerto, mas promissor

A aposta de Zuckerberg é ambiciosa: criar um ecossistema de IA próprio, com potencial de se tornar uma referência como ferramenta pessoal, empresarial e social. A Meta AI, agora sem as amarras das redes sociais, pode atrair um público novo — inclusive usuários que evitavam o ecossistema da Meta por preocupações com privacidade.

Resta saber como será a adoção pelo público e se a empresa conseguirá manter o equilíbrio entre utilidade, personalização e respeito aos dados dos usuários. A disputa entre as big techs por protagonismo na IA generativa está longe de acabar — e o Meta AI acaba de voltar ao jogo com força total.


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FONTE/CRÉDITOS: PPLWare
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Marcio Edison

Publicado por:

Marcio Edison

Jornalista, radialista. Formado em Matemática (PUC/SP) e Comunicação Social (UNIP/SP) também é desenvolvedor web, palestrante de tecnologia e CEO da mexcorp.net

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