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Sexta-feira, 19 de Setembro de 2025

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Ministro diz que pente-fino está sendo feito nos créditos consignados

Wolney Queiroz afirmou que recebe relatos de pessoas de que suas aposentadorias vêm com descontos de crédito consignado que não contrataram.

Redação mexNEWS
Por Redação mexNEWS
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Ministro diz que pente-fino está sendo feito nos créditos consignados
© Valter Campanato/Agência Brasil
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O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, assegurou, nesta quinta-feira (18), que servidores da força-tarefa previdenciária estão apurando eventuais suspeitas de irregularidades na concessão de crédito consignado a aposentados e pensionistas do Regime Geral da Previdência Social.

“Estamos investigando, olhando com lupa, fazendo um pente-fino nesses consignados”, disse o ministro a jornalistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), onde foi entrevistado no programa Bom Dia, Ministro.

“Não queremos saber de fraudes, de descontos indevidos e vamos agir com muito rigor a fim de saber como isso está sendo feito, além de preservar os nomes do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social], da Previdência Social e os [interesses dos] cidadãos que recebem seus benefícios [previdenciários]”, acrescentou o ministro.

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Antes de conversar com os jornalistas da EBC, ainda durante o programa, Queiroz disse que, desde que assumiu o comando da pasta, em maio deste ano, tem recebido relatos de pessoas reclamando de que suas aposentadorias e pensões vêm com descontos de créditos consignados que não contrataram e, muitas vezes, sequer receberam.

“A primeira coisa que fiz foi mandar isso para a inteligência, para a força-tarefa previdenciária. Disse: “Olha, quero que vocês passem um pente-fino nisso aí, [façam] uma auditoria. Quero saber quem é que está fazendo isso com os nossos aposentados”, contou Queiroz, acrescentando que já recebeu um relatório com as conclusões preliminares da equipe.

“Ele é sigiloso, mas com base nele estamos fazendo reuniões periódicas com as instituições que comandam [representam] os bancos e as fintechs, como a Febraban [Federação Brasileira de Bancos] e a ABBC [Associação Brasileira de Bancos]. Para que possamos apertar isso. Estamos vigilantes para que não haja qualquer tipo de desconto indevido, de corrupção ou de fraude também nos consignados”, completou o ministro, referindo-se ao escândalo da fraude bilionária envolvendo as mensalidades associativas.

A chamada força-tarefa previdenciária é formada por servidores do Ministério da Previdência Social e da Polícia Federal (PF). Foi criada com o objetivo de combater, de forma sistemática, crimes e fraudes contra a Previdência Social, mediante ações conjuntas especiais e utilização de procedimentos técnicos da Inteligência.

“O Ministério da Previdência Social paga mais de R$ 1 trilhão todos os anos. Portanto, temos quer ter muito cuidado, porque tem sempre gente querendo meter a mão nesse dinheiro. Por isso, temos uma força-tarefa previdenciária que atua de forma permanente, junto com a PF, no Brasil inteiro”, destacou o ministro.

Informações do Ministério da Previdência Social indicam que, entre 2003 e 2024, os integrantes da força-tarefa previdenciária participaram de 1.315 operações em todo o país, que resultaram em 3.721 prisões, incluindo as de 557 servidores e empregados públicos.

“Há semanas em que ocorrem três, quatro operações. É um trabalho que acontece nos bastidores e que estou fazendo questão de divulgar para as pessoas saberem que existe um cuidado, um tratamento muito especial em relação à integridade e à segurança dos beneficiários da Previdência Social.

FONTE/CRÉDITOS: Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
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