A Casa Branca entrou oficialmente no TikTok na última terça-feira, publicando uma série de vídeos curtos que apresentam o presidente Donald Trump e sua equipe de forma irreverente, com o objetivo de reforçar uma imagem de líderes ágeis e assertivos.
As publicações, editadas em formato de “sizzle reel” — uma espécie de clipe promocional — mostram Trump recusando ligações de congressistas e ameaçando ações judiciais durante coletivas de imprensa. Um dos vídeos destaca a porta-voz Karoline Leavitt, em que ela supostamente “reprende” um repórter do New York Times durante uma pergunta em coletiva.
Apesar das disputas legais que envolvem o aplicativo, o TikTok continua sendo uma ferramenta estratégica para políticos e órgãos governamentais se conectarem com o público. Entretanto, a iniciativa da Casa Branca levanta questionamentos sobre o cumprimento das diretrizes federais, já que funcionários do governo anteriormente eram proibidos de utilizar o TikTok em dispositivos oficiais.
A relação entre Trump e o aplicativo tem histórico conturbado. Em 2020, durante seu primeiro mandato, o então presidente iniciou esforços para banir o TikTok nos Estados Unidos, alegando risco de acesso a dados de usuários americanos pelo Partido Comunista Chinês. Já em seu segundo mandato, Trump adotou postura distinta: embora a Suprema Corte tenha mantido a lei que prevê a proibição do TikTok caso não seja vendido para uma empresa americana, o prazo para a venda tem sido continuamente adiado.
A repercussão dos vídeos da Casa Branca na plataforma tem sido mista. Até a manhã de quarta-feira, os cinco vídeos publicados receberam grande volume de comentários negativos, muitos deles referindo-se à relação de Trump com Jeffrey Epstein, o financista condenado por crimes sexuais contra menores, que morreu antes de ser julgado.
A presença do governo no TikTok reflete uma tendência crescente de utilização de redes sociais para comunicação política, mas também evidencia o conflito entre inovação na comunicação digital e o cumprimento das normas de segurança e ética no serviço público.
Data de publicação | Vídeo destacado | Reação predominante |
---|---|---|
Terça-feira | Trump recusa ligação de congressista | Comentários negativos |
Terça-feira | Ameaça de ação judicial em coletiva | Comentários negativos |
Terça-feira | Karoline Leavitt repreende repórter | Comentários críticos |
Especialistas em segurança digital alertam que, embora a estratégia possa aumentar a visibilidade do governo, os riscos relacionados à proteção de dados e à integridade das informações permanecem.
O TikTok ainda não se pronunciou oficialmente sobre a iniciativa da Casa Branca. Enquanto isso, a estratégia evidencia uma tentativa de adaptação do governo às novas formas de comunicação, mesmo em meio a polêmicas e críticas públicas.
@whitehouse ‘I was the hunted, and now I’m the hunter.’
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